Avaliação da qualidade de amostras de Melissa disponíveis no comércio de Palmas – PR.

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RESUMO

Nas últimas décadas, o uso de plantas medicinais tem crescido de forma significativa. Como consequência da grande difusão e utilização dessas plantas, as indústrias vêm produzindo derivados de espécies vegetais, de diversas formas farmacêuticas, que têm sido comercializadas em farmácias, supermercados e casas de produtos naturais. A melissa (Melissa officinalis L.), popularmente conhecida como erva-cidreira, tem sua origem na Europa e Ásia, foi introduzida no Brasil há mais de um século e hoje é cultivada em todo o país. É utilizada como antiespasmódica, ansiolítica e sedativa leve. Este trabalho é proveniente do projeto “Avaliação da qualidade de drogas vegetais comercializadas em Palmas – PR” do Programa de Bolsas Acadêmicas de Inclusão Social (PBIS) e tem como objetivo avaliar a qualidade de amostras de Melissa disponíveis em farmácias, supermercados e ervanarias do município de Palmas – PR. Foram adquiridas seis amostras de diferentes produtores da droga vegetal Melissa, em farmácias e supermercados durante o mês de abril de 2014. As amostras foram catalogadas e foi realizada análise de rotulagem, de acordo com a Resolução RDC no. 277, de 22 de setembro de 2005, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Foi verificada a presença de matéria estranha e determinação de umidade, de acordo com a metodologia descrita na Farmacopéia Brasileira 5ª. Edição (2010). A verificação de rotulagem mostrou que todas as amostras estavam em desacordo com a legislação, pois apresentaram falta de dados em de rotulagem, como data de fabricação, prazo de validade, lote e identificação da droga vegetal através da nomenclatura botânica oficial. Na determinação de matéria estranha, cinco estavam em desacordo com a Farmacopéia Brasileira (2010) pois apresentaram mais de 10% de caules e flores, além de outros materiais estranhos à droga vegetal. Na verificação de umidade cinco das seis amostras analisadas apresentaram valores de umidade superiores a 10%, como previsto pela Farmacopéia Brasileira (2010). Sabendo que a droga vegetal de Melissa é constantemente utilizada pelas suas ações terapêuticas e que a presença de princípios ativos e sua ação está relacionada diretamente com a sua qualidade e estabilidade, os resultados obtidos demonstraram falta de cuidado na fabricação e armazenamento dos produtos e a necessidade de intensificação da vigilância.

PALAVRAS-CHAVE: Controle de Qualidade; Melissa officinalis l.; Plantas Medicinais.