Objetos pedagógicos inclusivos para Ciências Biológicas, produzidos em impressoras 3D: Projeto de Robótica Educacional.

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  • Gabriel Felipe Pinheiro Marques da Silva
  • Angelica Nepomuceno Coimbra Bevenho
  • Diogo Roberto Olsen
  • Orientador – diogo.olsen@ifpr.edu.br

RESUMO

No ensino de Ciências Biológicas há necessidade de recursos visuais para compreensão de micro e macroestruturas de organismos em grande parte dos temas abordados. Esta característica do ensino de Biologia faz com que estudantes portadores de necessidades especiais visuais tenham especial dificuldade com alguns temas de Ciências Biológicas que se concentram na morfologia e estas desencadeiam a morfofuncionalidade de organelas, células, órgãos, sistemas e organismos, tornando-os abstratos embora concretos em sua existência (Orlando et. all., 2009). Assim, o recurso visual é essencial para a compreensão da Biologia básica e demais temas sequenciais. Modelos tridimensionais em tamanho aumentado em Biologia celular são especialmente importantes, pois a maioria dos objetos estudados, como organelas e células, possuem tamanhos microscópicos. Neste caso, células e algumas organelas são visíveis em microscopia ótica, porém sem um nível de detalhamento adequado para a compreensão morfofuncional. Além disso, modelos tridimensionais são úteis no desenvolvimento pedagógico, pois habilitam o estudante a analisar fenômenos biológicos abstratos de forma que atenda sua capacidade cognitiva (Rotbain et. all, 2006). Inicialmente foram estudados alguns artigos sobre materiais diversos para educação, porém na produção dos materiais didáticos envolviam reuso de materiais recicláveis (RIBAS et all.) ou materiais de baixíssimo custo como o papel (SEPEL, LORETO). Já no mercado, empresas disponibilizam modelos anatômicos de células importadas, de custos elevados e nem sempre com fidelidade científica necessária e uma preocupação para que estes materiais possuam adequação com interpretação tátil, com vistas à inclusão de portadores de necessidades especiais visuais. E o que visamos é um produto que seja durável e tenha alta fidelidade científica, que possamos não somente usar para educação de portadores de deficiência visual como também no ensino regular. Foram também estudados artigos sobre braile e a questão da educação de portadores de deficiência visual. Com essas leituras foi concluído que a educação especial requer materiais diferentes que tentem explorar os outros sentidos do indivíduo substituindo o(s) que falta(m), como em nosso caso, o sentido a ser explorado é o tato. Através do tato o cego consegue mapear o objeto e obter com mais clareza o conteúdo a ser estudo teoricamente. Estamos desenvolvendo modelos tridimensionais de organelas e do fosfolipídio que compõe a membrana plasmática das células. Para a continuidade do projeto sugere-se o estudo de uma melhor maneira de reproduzir os modelos em media quantidade, pois uma impressão 3D em grande quantidade não é viável devido ao alto custo e demanda de tempo.

PALAVRAS-CHAVE: Impressora 3D; Organelas Celulares.