Biorremediação de corantes alimentícios.

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  • João Carulla Neto
  • Clara Alice da Silva Feitosa
  • Fabíola Dorneles Inácio
  • Gustavo Silva Levatti Quadros
  • Letícia Cristina Bacon
  • Débora Rejane Fernandes dos Santos
  • Orientadora – debora.rejane@ifpr.edu.br

 

RESUMO

A cor de produtos alimentícios pode ser considerada um fator determinante na hora de escolher um alimento. O benefício dos corantes é enorme para diversas indústrias, inclusive a indústria de alimento. No entanto, após o uso desses corantes, resíduos do mesmo acabam sendo despejados junto a efluentes. O despejo desse material em rios, lagos, lagoas e córregos pode gerar grandes problemas tanto do ponto de vista estético quanto do ponto de vista ambiental. Analisando o problema do ponto de vista ambiental a situação é ainda pior, pois a presença dos resíduos de corantes nas águas pode causar alteração de pH e temperatura, o que afeta diretamente os organismos nativos. Além disso, a coloração intensa provocada pelo despejo de corantes afeta a penetração de raios solares nos corpos d’água, o que prejudica a fotossíntese de algas e vegetais aquáticos, afetando toda a cadeia alimentar local. No entanto, é conhecida a dificuldade em tratar efluentes com corantes, já que estes são, em sua maioria, moléculas recalcitrantes. Na degradação destes corantes muitos métodos têm sido estudados e o tratamento biológico obteve destaque nos últimos anos. A biorremediação consiste no uso de micro-organismos para a degradação ou redução de xenobióticos no ambiente. Com este projeto pretende-se avaliar o potencial de basidiomicetos em processos de descoloração e degradação de corantes utilizados na indústria alimentícia. Os experimentos estão em andamento utilizando espécies do grupo dos “fungos da podridão branca da madeira”, que produzem várias enzimas de baixa especificidade responsáveis pela degradação de compostos químicos que se assemelham estruturalmente com a lignina. Resultados preliminares indicam o bom crescimento do fungo Pleurotus pulmonarius e Trametes sp. em placas de Petri contendo corantes alimentícios. As próximas etapas do projeto se concentrarão em testes de descoloração in vitro em cultivos líquidos com corantes naturais e artificiais em diferentes concentrações. Com o andamento do projeto espera-se obter mais informações interessantes sobre a capacidade de biorremediação de corantes utilizados no setor alimentício por fungos.

PALAVRAS-CHAVE: Biorremediação; Corantes Alimentícios; Basidiomicetos.