Síntese e caracterização de compósito magnético empregado na descontaminação de efluentes.

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  • Cezar Augusto Moreira
  • Vanessa de Fátima Souza
  • Aline Rodrigues Pierobom
  • Angélica de Sousa Hrysyk
  • Orientadora – angelica.hrysyk@ifpr.edu.br

RESUMO

O descarte de pilhas e baterias no lixo doméstico é um problema mundial devido a presença de metais tóxicos. Dentre os constituintes estão, chumbo, zinco, cromo, cádmio, mercúrio, níquel e manganês, e quando são descartadas com o lixo comum, prejudicam o meio ambiente Estes podem causar impactos no ambiente como a infertilidade nos solos, contaminação dos lençóis freáticos, rios, lavouras e aquíferos animais e, consequentemente podem afetar os seres humanos, desencadeando doenças respiratórias, problemas gastrointestinais e, no caso do mercúrio, degeneração dos neurônios, afetando o sistema nervoso, câncer, problemas reprodutivos e demais danos à saúde. Por isso, existem leis que exigem que os fabricantes recebam de volta pilhas e baterias e, desta forma dar a elas o destino adequado, evitando o descarte no lixo doméstico. Dessa forma, o projeto tem como objetivo conscientizar sobre a poluição de efluentes com metais tóxicos, para isso foi sintetizado um compósito magnético com propriedades de adsorção para os metais provenientes de pilhas e baterias. Inicialmente foram realizadas pesquisas sobre as pilhas, baterias, sobre os diferentes tipos de pilhas e baterias, composição química, utilização e impactos ambientais. Foi sintetizado o compósito para demonstrar como um efluente com metais tóxicos poderia ser descontaminado. O compósito foi sintetizado preparando-se uma solução composta de 400 mL de FeCl3 (78 g), FeSO4 (3,9 g) e carvão ativado (6,6 g) a 70 º C. A esta solução foi adicionada gota-a-gota uma solução de NaOH (100 mL, 5 mol/L) para precipitar . O produto formado foi lavado e seco a um forno a 100 º C por duas horas. Em parceria com a Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) foi possível analisar o compósito quanto a sua morfologia. Para se analisar as superfícies do compósito foram utilizadas as técnicas de microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia de energia dispersiva (EDS). Depois de tratado um efluente contaminado, com os resultados das análises pode-se observar que o compósito magnético apresentou mudança na morfologia do material atribuída a adsorção de metais. Analisando o material por Espectroscopia de Energia Dispersiva – EDS percebe-se que houve a deposição dos íons metálicos Mn e Zn em sua superfície, evidenciando a eficiência do compósito para a recuperação de efluentes contaminados por metais. Com a obtenção do compósito os estudantes puderam refletir sobre a problemática ambiental relacionada a contaminação de efluentes com metais tóxicos e possibilitou entender como é possível reduzir esse problema empregando o conhecimento em química. Os estudantes são bolsistas PBIS.

PALAVRAS-CHAVE: Compósito Magnético; Tratamento de Efluentes; Metais Tóxicos.