Frequência alimentar para alevinos de piavuçu (Leporinus macrocephalus).

  • Luciane Paula Figueiredo
  • Daniele Medeiros de Sousa Teotonio
  • Adilson Reidel – Coautor do trabalho
  • Anderson Coldebella
  • Bruno Estevão de Souza
  • Arcangelo Augusto Signor
  • Orientador – arcangelo.signor@ifpr.edu.br

RESUMO

Dentre os fatores mais importantes no manejo alimentar dos peixes, destaca-se a frequência do fornecimento da ração, pois estimula o peixe a buscar pelo alimento em momentos pré-determinados, podendo desta forma, colaborar para a redução nos índices de conversão alimentar, incrementar o ganho de peso, melhorar o estado de saúde dos peixes, reduz o desperdício da ração, contribui para a manutenção da qualidade da água e reduzir os custos de produção. Por outro lado, a quantidade de ração fornecida para os peixes variam em função da temperatura, fase de crescimento do peixe, qualidade de água, principalmente amônia e oxigênio dissolvido. Conhecer o manejo alimentar diário é muito importante para o ajuste apropriado da quantidade de ração a ser fornecida, bem como tempo de alimentação, evitando desta forma que os animais consomem grandes quantidades de rações, comportamento comum quando são alimentados poucas vezes ao dia. Neste sentido, os estudos com a frequência alimentar dos peixes em diferentes fazes de cultivo é fundamental para a piscicultura. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a frequência alimentar de alevinos de piavuçu (Leporinus macrocéfalos). O experimento foi conduzido no laboratório de desempenho zootécnico do instituto Federal do Paraná, Campus Foz do Iguaçu (Bloco H), por um período de 35 dias. Foram utilizados 250 alevinos de piavuçu com peso vivo inicial de 2,40±0,25g, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado em 25 tanques de 250 litros, dotados de sistema de recirculação e aquecimento da água e aeração. Cada tanque foi considerada ua unidade experimental com 10 alevinos. As frequências alimentares avaliadas foram: A= 08:00 horas (uma vez ao dia – pela manhã); B= 08:00 e 17:00 horas (duas vezes ao dia); C= 17:00 horas (uma vez ao dia – pela tarde); D= 08:00, 14:00 e 17:00 horas (três vezes ao dia) e E=08:00, 11:00, 14:00 e 17 horas (quatro vezes ao dia). As rações fornecidas ao peixes eram de 10% do peso vivo dos animais ao dia, e a correção das rações fornecidas ao peixes foram corrigidas aos 15 dias, com uma biometria total dos peixes. Os valores médios de temperatura da agua foi de 27±0,45°C. Ao final dos 35 dias, os peixes forma mantidos sem alimentação por 12 h para esvaziamento do trato digestivo e posteriormente forma pesados e medidos para os cálculos de peso final (g), ganho de peso (g), comprimento final (cm), conversão alimentar aparente, fator de condição e sobrevivência (%) dos peixes. Não foram observadas diferenças (P>0,05) para os parâmetros avaliados em função da frequência alimentar adotada aos peixes. De acordo com os resultados obtidos, pode-se alimentar os alevinos de piavuçu (Leporinus macrocephalus) uma vez ao dia, independente do horário (pela manhã ou à tarde) sem influenciar no desempenho produtivo dos animais.

PALAVRAS-CHAVE: Aquicultura; Espécie Potencial; Manejo Alimentar; Peixes Nativos.