Caracterização de ácidos graxos presentes na folha de mandioca (Manihot esculenta Crantz).

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  • Iasmini Gessica Pereira
  • Denis Fabrício Marchi
  • Oscar de Oliveira Santos Júnior
  • Orientador – oscar.junior@ifpr.edu.br

RESUMO

A mandioca vem conquistando lugar de destaque em vários países do mundo, pela facilidade de adaptação às mais diversas condições edafoclimáticas e pelo fato de suprir a necessidade alimentar da população mais carente. Por este motivo, a cultura da mandioca apresenta maior crescimento nos países mais pobres, com destaque no Continente Africano que lidera o ranking mundial de produção. O Brasil figura entre os principais países produtores de mandioca ocupando a 2ª colocação no ranking mundial com 26 milhões de toneladas em 2013, sendo a Região Sul, além de importante produtora de raiz, possui o maior número de indústrias de beneficiamento desta matéria-prima, principalmente as de fécula, considerada em sua maioria de médio e grande porte. O estado do Paraná é o principal produtor da região e 2º no ranking nacional, responde em média por 70% da produção agrícola na região sul e contribui com 65% do volume de fécula. A utilização das plantas desta maneira (só raízes) provoca o desperdício de componentes nutricionais no momento da colheita, pois as partes aéreas são descartadas como resíduos agrícolas e incorporados ao solo. No entanto, estes materiais (folhas) contem elevado percentual de proteínas, fibras, ácidos graxos da família ômega-3, vitaminas, minerais, apresentando desta maneira características nutricionais de interesse que podem representar uma fonte adicional de recursos alimentares. Com isto o objetivo do presente trabalho foi caracterizar o conteúdo de proteínas, lipídios totais, umidade, cinzas bem como quais ácidos graxos estão presentes na folha de mandioca. As folhas de mandioca que foram processadas durante o experimento são da variedade Fécula Branca com idade de 14 meses. Estas foram coletadas diretamente no Centro Tecnológico da Mandioca em Paranavaí-PR e transportadas ao laboratório de Química do Instituto Federal do Paraná-Paranavaí. O material foi separado para processamento, onde as partes aéreas terão removidos o caule e os pecíolos, restando as folhas que foram utilizadas para as análises. Os resultados apresentaram um total umidade de 67%, 7,22% de cinzas, 13,02% de proteínas e 2,48% de lipídios totais. Os ácidos graxos encontrados foram 16:0, 18:0, 18:1n-9, 18:3n3, 18:2n-6, 24:0, onde o percentual de n-3 encontrado para o 18:3n-3 foi de 50%. Demonstrando assim que a folha de mandioca é uma ótima fonte destes ácidos graxos. No entanto estas folhas necessitam ser secas já que possuem elevado teor de cianeto. Agradecimentos: Ao IFPR e ao CNPq pela concessão da bolsa.

PALAVRAS-CHAVE: Ômega-3; Ácidos graxos; Folha de mandioca; Cromatografia em fase gasosa.