Biomassa microbiana do solo em três diferentes sistemas de uso e manejo na planície litorânea no município de Paranaguá-PR.

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RESUMO

A biomassa microbiana e a respiração do solo têm sido utilizadas como indicadores da qualidade do solo indicando alterações e podendo ser relacionados com o manejo adotado em diferentes sistemas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a biomassa microbiana do solo sob diferentes sistemas de manejo. A área de estudo está localizada no município de Paranaguá no litoral do Paraná na região de Alexandra às margens da rodovia estadual PR-508. As coletas foram feitas em uma propriedade rural de agricultura familiar que integra a Colônia São Luiz. A propriedade está inserida na Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas na planície litorânea do Paraná, com solos predominantemente do tipo Espodossolos. A coleta de solo foi realizada na profundidade 0-10 cm no período mais seco do ano, que é o inverno, nas áreas de reserva legal da propriedade com floresta nativa (FN), em agrofloresta (AF) em estágio inicial de implantação e Horticultura (H). Foram marcadas parcelas de 30×30 metros nos três sistemas. As coletas foram feitas em três pontos em linha num total de três linhas dentro das parcelas com três repetições totalizando nove pontos e três amostras compostas. O material coletado foi transportado para laboratório no mesmo dia da coleta, preparado, determinado umidade gravimétrica e incubado de acordo com a umidade de campo. O método para determinação da biomassa microbiana do solo foi conforme Anderson e Domsch adaptado, onde a respiração é induzida pelo substrato adicionando 0,6 mg de glicose P.A para determinar biomassa microbiana pela respiração basal quantificando C-CO2. Neste método é pesado 100 g de cada de amostra e acondicionadas em frasco tampado hermeticamente com um frasco aberto contendo 15 ml de NaOH a 0,1 N de concentração e 15 ml de água destilada e incubado em estufa a 25˚C por 4 horas. Depois da incubação é acrescentado ao NaOH, 0,75 ml de BaCl2 a 50% e 3 gotas de fenolftaleína a 1,0% titulado com uma solução de HCl a 0,1 N de concentração. As médias foram analisadas estatisticamente pela análise de variância (ANOVA) com teste de Tukey a 5%. Os resultados mostraram que as médias estatísticas foram diferentes onde a Horta (H) e a Floresta Nativa (FN) tiveram os maiores índices de biomassa microbiana com 30,16 mg C-CO² Kg de solo e 27,50 mg C-CO² Kg de solo e a Agrofloresta (AF) o menor índice biomassa microbiana com 16,00 mg C-CO² Kg de solo. A umidade é um dos fatores que interferem a taxa metabólica. Apesar dos resultados apresentarem diferença estatística entre os sistemas há necessidade de ampliar o estudo com maior amostragem nas diferentes estações do ano para ampliar a discussão dos resultados e apontar a eficiência deste índice como bioindicador.

PALAVRAS-CHAVE: Microbiologia do solo; Ecologia Edáfica; Qualidade do Solo; Bioindicadores do Solo.