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• Pamela Assumpção dos Santos
• Natali Lourenço Martins
• Isabelle Leal de Lima
• Rubia Renata Ambrósio
• Patricia Martins
• Orientadora – patricia.martins@ifpr.edu.br

RESUMO

O trabalho aqui proposto tem por objetivo relatar uma das experiências do Programa Institucional Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) realizado pelo curso de Licenciatura em Ciências Sociais do Instituto Federal do Paraná – Campus Paranaguá. A partir das atividades desenvolvidas junto ao Colégio Estadual Cidália Rebello Gomes, localizado na Ilha dos Valadares, município de Paranaguá, propõe-se refletir sobre as formas de transposição didática de conceitos relevantes da Sociologia para a realidade cotidiana da sala de aula. Ao termos como perspectiva o contexto onde a escola se situa, uma ilha urbana, caracterizada fortemente pela presença de saberes e práticas do universo caiçara, como o fandango (expressão típica da região), a pesca e o artesanato local e contrastando com uma imagem que relaciona a ilha a um espaço de grande violência urbana e diferenças sociais. Esses desafios cercavam nossa iniciação à docência, pois sendo a escola um microcosmo dessa realidade, vivíamos essas tensões e contradições em seu cotidiano. Diante desse contexto, ao mesmo tempo com traços de uma tradicionalidade contrastando com a modernidade, o projeto buscou realizar uma atividade em que os alunos fossem os protagonistas e pudessem abordar os temas trabalhados ao longo do projeto (desigualdade social e violência) através da linguagem própria de seu cotidiano. Assim, optamos pela linguagem poético-musical do rap e, para tanto, orientamos a construção de rimas. Mesmo com algumas resistências dos alunos motivados pela religião, pelo estilo musical ou o próprio desconhecimento sobre o rap, ao final da oficina pudemos perceber que houve uma interação positiva dos alunos com grande envolvimento. Por fim, nas apresentações das rimas os alunos no palco do auditório passaram a expressar os conhecimentos construídos ao longo do PIBID, interagindo com os próprios colegas e demonstrando que, como um todo, o trabalho realizado com eles até então teve resultados positivos e marcantes. Para nós, bolsistas, ficou claramente demonstrado como a temática abordada tanto na teoria quanto no cotidiano deles transpareceu através das rimas e como o “dar a voz” aos nossos jovens alunos fez com que percebessem o seu papel de protagonistas na construção do conhecimento sociológico e da importância da “imaginação sociológica” para uma leitura tanto global quanto local de seus mundos.

PALAVRAS-CHAVE: Iniciação – Docência; Protagonismo Juvenil; Contexto Escolar.