Integrar para educar: o projeto “epidemiologia e prevenção de acidentes de pescadores artesanais por animais marinhos no Litoral do Paraná” como estudo de caso da eficiência da integração de instituições na extensão.

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RESUMO

Em 2013, o projeto “IFPR COM VIDA – Comissão de meio Ambiente e Qualidade de Vida do IFPR”, proporcionou a aproximação do IFPR com a Secretaria de Estado de Saúde do Paraná. Através de conversas com a equipe do Programa Estadual de Vigilância de Acidentes por Animais Peçonhentos, observou-se que a casuística dos acidentes com animais marinhos, embora de extrema importância, ainda não é totalmente conhecida. Foi proposto então um projeto de extensão chamado “Epidemiologia e prevenção de acidentes de pescadores artesanais por animais marinhos no Litoral do Paraná” com o objetivo geral de traçar o perfil epidemiológico dos acidentes de pescadores artesanais do Litoral do Paraná por animais marinhos, auxiliando em um aprimoramento do diagnóstico, tratamento e estratégias de prevenção. Durante a elaboração deste projeto houve preocupação na montagem de uma equipe multidisciplinar, formada por biólogos, médicos veterinários, médicos, advogados, oceanógrafos etc. Procurou-se também uma terceira instituição, o Aquário de Paranaguá, para extrapolar o público-alvo das ações educativas do projeto. A presença de diversas instituições (IFPR, Secretaria de Saúde do Paraná, Colônia de Pescadores, Aquário de Paranaguá) visa garantir a abordagem do tema de forma interdisciplinar e em diversas instancias. As atividades propostas foram A – Elaboração de uma cartilha voltada aos pescadores, com as principais espécies de animais marinhos causadores de acidentes (enfoque para identificação da espécie, prevenção de acidentes e tratamento) que será distribuída para os pescadores artesanais, através de parceria com a colônia Z-5. B – Realização de um Workshop tendo com público-alvo: pescadores do litoral do Paraná, estudantes e servidores do IFPR e outras instituições. C – Exposição “Animais marinhos potencialmente perigosos” a ser realizada no Aquário de Paranaguá durante a temporada de verão 2014/2015, como fechamento do projeto. Busca-se com isso atingir e sensibilizar o maior número de pessoas possível, extrapolando os limites do público-alvo, que inicialmente serão os pescadores artesanais, para os turistas de veraneio, tendo em vista que estes são o segundo maior grupo de pessoas atingidas nas casuísticas com animais peçonhentos descritos pela literatura. Ao mesmo tempo em que este projeto viabiliza a realização da pesquisa (com o levantamento e a análise dos dados que serão trazidos pelos questionários que serão aplicados aos pescadores), a análise dos dados referentes aos tipos de acidentes servirá de base para a formulação do material educativo e outras atividades caracterizadas como de extensão, que serão realizadas no intuito de prevenir e melhorar o diagnóstico e tratamento clínico destes acidentes. Esses dados também podem ser utilizados pela secretaria de saúde, contribuindo para a capacitação de equipes e auxiliando a identificar as formas de acidentes mais graves e/ou incapacitantes, além de melhorar a assistência previdenciária. Acredita-se que a integração é uma importante ferramenta para a melhoria de projetos de extensão, pois instituições que trabalham isoladas têm poucas oportunidades de intercâmbio de conhecimento e as vezes onde as atividades de uma instituição acabam sendo barradas, outras podem assumir abrindo portas para possibilidades jamais previstas antes e dando uma nova perspectiva aos projetos de extensão.

PALAVRAS-CHAVE: Integração; Interdisciplinaridade; educação Ambiental; Extensão.