Projeto ética e democracia nas escolas: debatendo cidadania, justiça social e direitos humanos – o estatuto da juventude limites e possibilidades.

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RESUMO

A educação deve levar em conta a dimensão comunitária do aluno, seu projeto de vida, seu contexto a partir do qual ele aprende o saber universal e passa também a dominar determinada tecnologia, o que é essencial para sua formação profissional e sua inserção no mundo do trabalho e da participação cívica ou cidadã. Essa é a principal justificativa para o Projeto Ética e democracia nas escolas: debatendo cidadania, justiça social e direitos Humanos desenvolvido no Campus do IFPR Paranaguá. Este projeto retoma a prática de fóruns de cidadania do Programa Ética e cidadania: construindo valores na escola e na sociedade do MEC para debater questões ligadas à ética, à democracia, à justiça e aos Direitos Humanos. Objetivo do projeto é criar espaços itinerantes no âmbito da Educação Básica, especialmente o Ensino Médio, que proporcionem o debate democrático na escola sobre a formação de valores e crenças cívicas e cidadãs como base para a formação profissional. Trata-se também de tematizar questões relativas às ciências humanas e suas tecnologias. A metodologia conta com o seguinte percurso: a) contato com escola; escolha participativa do tema; organização do evento, gravação, filmagem e divulgação para a comunidade. O evento conta com uma apresentação dos alunos bolsistas de um quadro a respeito do tema a ser trabalhado e com a exposição de um especialista sobre o assunto. O debate se dá em torno das dimensões éticas, políticas e sociais envolvidas e de seus impactos sobre a formação profissional. Estão em agendamento quatro temas: direito familiar, voto obrigatório, o Estatuto da juventude e a participação popular. O terceiro evento, do qual a presente autora é corresponsável, tem como tema o Estatuto da Juventude. Inicialmente são apresentadas uma abordagem histórica da situação do jovem no Brasil num acentuado contexto de desigualdade social, apontando as diferentes perspectivas de estudo, trabalho e autorrealização. Em seguida há uma exposição sobre o Estatuto da Juventude e as novas perspectivas de lutas pela emancipação que se abrem ou não a partir dele. Essa exposição é feita por um especialista em movimentos sociais e juventude. Por fim, debate-se o significado do Estatuto da juventude e do ser jovem no Brasil, abrindo espaço para os alunos expressarem seus pontos de vista. Como resultado, espera-se que o evento desenvolva capacidades de argumentação e o respeito e interesse por análises rigorosas e críticas de questões éticas e políticas polêmicas.

PALAVRAS-CHAVE: Democracia; Cidadania; Jovem; Estatuto da Juventude.