Aptidão física e índice de massa corporal em escolares de Palmas – PR.

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  • Raphaele Cristine Fonseca Carneiro
  • Aline Mati Shimosaka
  • Nikolas Guilherme Schulze Lopes
  • Cezar Grontowski Ribeiro
  • Orientador – cezar.ribeiro@ifpr.edu.br

RESUMO

Introdução: Este trabalho apresenta resultados parciais do projeto Melhoria da Saúde e Qualidade de Vida no IFPR Câmpus Palmas. Mesmo reconhecendo a atividade física como fator de promoção da saúde e prevenção de doenças, baixos níveis de atividades físicas são constatados em pessoas de todas as idades. Isso implica em alteração nos quadros de obesidade infantil, ampliada significativamente, determinando várias complicações na infância, adolescência, e demais fases da vida. Na adolescência, há evidências de que a atividade física é fator positivo no que diz respeito à saúde física e mental. Objetivo: Mensurar os níveis de aptidão física e índice de massa corporal (IMC) de escolares entre 12 a 14 anos, residentes no município de Palmas – PR. Metodologia: Foram pesquisados 12 meninas e 20 meninos (n = 32), com idade entre 12 e 14 anos. As capacidades analisadas foram: agilidade (teste do quadrado), força de membros inferiores (salto horizontal) e força de membros superiores (arremesso do medicine-ball de 2 kg), utilizando a classificação proposta pelo Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR, 2012). O índice de massa corporal (IMC) foi efetuado pela classificação do estado nutricional dos alunos (OMS, 1995). A análise é descritiva, com percentuais inerentes as variáveis, de acordo com os protocolos dos testes. Resultados: No que se refere a agilidade, foram classificados como “fraco” ou “muito fraco” 61,76% do total, considerados como “razoável” 20,59% e como “bom” ou “muito bom” um total de 17,65%, sendo este dado considerado alerta para baixa condição física dos adolescentes. No que se refere a força de membros inferiores, o percentual de adolescentes considerados “fraco” ou “muito fraco” foi de 47,06%, enquanto “razoável” obteve 20,59% e “bom” ou “muito bom” foram 32,35%, resultado provavelmente influenciado pelo menor nível de atividade física e ampliação do tempo sentado. Na variável força de membros superiores 50% dos adolescentes foram classificados como “fraco” ou “muito fraco”, para “razoável” houveram 41,18% e “bom” ou “muito bom” foram 8,82%, sugerindo uma menor força muscular para realização das atividades cotidianas. Na análise do IMC, verificou-se que 14,71% se encontram na “zona saudável”, enquanto que 85,29% foram classificados como “zona de risco”. Conclusão: A prática regular de atividades físicas na infância e na adolescência pode favorecer o desenvolvimento ou a manutenção de níveis adequados de aptidão física, reduzindo o risco de incidência de inúmeras disfunções crônico-degenerativas em idades precoces, o que parece ser necessário de maneira urgente no grupo estudado, devido aos altos índices de sujeitos cuja aptidão física se encontra debilitada. O risco elevado ao aparecimento de doenças relacionadas ao peso também sugere elevado nível de sedentarismo, o que é extremamente prejudicial e pode levar ao aparecimento de diversas doenças relacionadas ao estilo de vida. Isso sugere a necessidade do desenvolvimento de programas de educação para a saúde que estimulem a participação mais efetiva de adolescentes em programas de exercícios físicos e esportes de diferentes naturezas, sobretudo no segmento escolar, no qual grande parte dos hábitos de vida são estabelecidos, e podem afetar as condições de saúde.

PALAVRAS-CHAVE: Adolescente; Aptidão Física; Índice de Massa Corporal; Saúde.